Quem tem dívidas vive como se estivesse em uma prisão perpétua. Uma simples dívida pode acabar se tornando uma verdadeira bola de neve, pois conforme for passando os dias, vão surgindo outras prioridades no caminho. E quando você percebe chega as noites mal dormidas, preocupação e ansiedade.

Como já havia dito nos artigos anteriores, uma das principais dicas é sempre fazer um planejamento do seu gasto mensal a partir daquilo que você ganha. Economizar parece um bicho de sete cabeças para a maioria das pessoas, algo até mesmo impossível. Lotto 6aus49 Lottozahlen, 08.08.2018 – Viral Sumo

Aqui vão outras dicas para quem quer sair do vermelho e dar um fim com as dívidas em atraso. Lembrando que o fim do ano está próximo e a vontade de viajar só aumenta, não é verdade? A primeira delas é priorizar a mais urgente. Em caso de duas ou mais dívidas, defina qual delas você deseja quitar primeiro. É preciso começar por aquela que parece ser a mais difícil, a mais cara, ou seja, aquela que se paga mais juros.

Uma outra dica é o planejamento. Tente entender primeiramente os seus gastos, costume anotá-los numa agenda (existem muitos aplicativos gratuitos disponíveis na internet que possibilitam isso de maneira organizada) isso facilitará à realizar os cortes do que é supérfluo. Com isso, elabore uma estratégia de economizar, cortando os gastos desnecessários, o que facilitará para o planejamento com o fim de quitar determinada dívida. Um bom negócio é tentar refinanciar o valor, buscando alongamento com menores juros. Se for o caso, busque uma alternativa como créditos consignados e penhores, onde os juros são menores diante da modalidade da operação.

Fuja de novos empréstimos com juros maiores, bem como agiotas (que aliás, consiste em prática ilegal, conforme Lei da Usura, prevista no DECRETO Nº 22.626, DE 7 DE ABRIL DE 1933), isso apenas aumentará o saldo devedor e lhe prenderá num problema maior, com grande dificuldade de solução futura.

A negociação sempre consiste na melhor opção. Como havia explicado sobre a importância do diálogo. Se você pode apresentar um valor próximo do valor principal da dívida, dificilmente vão negar um acordo ou refinancia-la. Sempre vale a pena a negociação, pois é bom para as duas partes. Para quem deseja receber e é claro para quem deseja pagar.

Fuja de novas contas. Para sair do vermelho é importante ter atenção especial às compras parceladas. Dividir o valor em várias vezes passa a falsa ideia de que a aquisição não comprometerá o orçamento. No entanto, quando as parcelas passam a se acumular, o impacto nas finanças é considerável.

Por último e não menos importante tenha compromisso. Se você assumiu compromisso de quitar uma dívida seja em prestações ou à vista, honre. Afinal, é um voto de confiança que a instituição teve com você.

Quem tem dívida na verdade está comprometendo o seu futuro. Não é possível um planejamento financeiro. Acontece que você entra em uma briga para pagar apenas o juros da dívida, sendo que o seu principal, possui pequenas absorções, já que pelo sistema atual de cobrança de juros, a maior parte de amortização do débito, ocorrerá sempre no final.

Opte por parcelas menores e prazo maior, muito embora pareça que o saldo devedor ficará gigantesco, por conta dos juros, todos os consumidores possuem o direito de liquidar as parcelas à vencer sem a inserção de tais juros (§2º do art. 52 do CDC).

Isso possibilitará que o débito ou seja liquidado antecipadamente, com uma diminuição significativa dos juros e maior amortização do saldo principal devedor, bem como que nos meses que não for possível essa liquidação antecipada, a parcela não prejudicará seu orçamento, evitando o descumprimento do que foi negociado. Com planejamento, organização e principalmente determinação, é possível virar o jogo e voltar a ter as finanças em dia.

Depois de sair do vermelho e analisar hábitos que são prejudiciais para suas finanças, dê um passo importante para a segurança financeira: separe todo mês uma quantia para criar um fundo de emergência.

Para não passar por essa situação novamente, investir no controle financeiro e no corte de gastos são dois passos essenciais. Não gaste mais do que ganha. Gerencie suas finanças com sabedoria e viva com mais segurança.

André Luiz é advogado especialista em Direito Empresarial e diretor executivo da MAR Advocacia em Cuiabá