Educação financeira: Uma ferramenta para evitar o endividamento e proteger o seu futuro.

A educação financeira tem como foco as finanças pessoais de um indivíduo. Ser financeiramente preparado permite que você tome decisões que levam a um futuro financeiramente seguro, que proteja os ativos construídos por você e seus familiares. As questões financeiras cotidianas como orçamento, gastos, dívidas, impostos, poupança para a aposentadoria, poupança universitária, gestão de hipotecas e planejamento tributário são as mais comuns dentro da educação financeira.
Embora 64% dos brasileiros afirme pagar suas contas em dia, 56% dos entrevistados assumiram não fazer orçamento doméstico ou familiar, e 69% afirmaram não ter poupado nenhuma parte da renda recebida nos últimos 12 meses. Isso é o que mostra o estudo de uma pesquisa do Banco Central do Brasil em parceria com a Serasa Experian e o Ibope apresentado no ano passado.
Diante desses números, dá para entender porque o brasileiro vive endividado. A educação financeira é muito mais do que falar em dinheiro, ela é qualidade de vida. Milhares de pessoas perdem o sono e a saúde, pois passam a maior parte do tempo de suas vidas preocupadas com dívidas.
Para evitar surpresas e começar a se planejar, faça um apanhado da situação. Há dívidas? Existe algum dinheiro guardado? Qual seu estilo de consumo? Quanto ganha? Quanto do seu salário vai para despesas fixas e quanto para coisas supérfluas? Essa análise vai ajudar a traçar um perfil de consumo e, a partir dele, estabelecer um plano de ação, seja para quitar dívidas ou para começar a poupar.
Uma boa estratégia para começar o seu planejamento é usar a regra dos 50-15-35. É um sistema simples que tem como propósito controlar as despesas do mês considerando três grandes grupos:
→ 50% para gastos essenciais, ou seja, aqueles necessários para você se manter no dia a dia;
→ 15% para prioridades financeiras como a quitação de dívidas, caso esteja endividado; ou para a construção de uma reserva de emergência;
→ 35% para manter seu estilo de vida. São aqueles gastos que não são essenciais e podem ser cortados a qualquer momento.
Lembre-se: deixar de se preocupar hoje, pode sair muito caro para você amanhã. Comece a se planejar, evite dívidas desnecessárias e procure poupar. Assim, você estará cuidando do seu futuro e da sua saúde.

André Luiz é advogado especialista em Direito Empresarial e diretor executivo da MAR Advocacia em Cuiabá